Visitar São Francisco era um sonho que nutria há muitos anos, assim como Nova Iorque, e trabalhar a bordo me deu essa oportunidade — em um tempo curto.
Tive exatamente três horas para explorar a cidade e sanar o meu desejo, por isso tinha que fazer o tempo valer. Consegui conhecer mais do que eu esperava porque São Francisco é uma cidade grande com cara de pequena, era fácil se deslocar por lá.
Sabia mais ou menos o que queria explorar, então montei um roteiro considerando todos os pontos e o tempo que tinha. Assim comecei do local mais longe do pier, e fui fazendo o trajeto de volta com paradas específicas.
Tudo foi feito a pé/de ônibus — e no ônibus paguei uma única passagem (US$2,25) porque o ticket servia para ida e volta.
Ah Gabi, você não andou nos famosos cable cars (bondinhos)? Eu até queria, mas ao ver a fila e o estimado tempo de espera desisti. Estava correndo contra o relógio, né? Mas eles cortam diversos pontos da cidade, então observei de longe — e filmei, é claro.
Já adianto que minhas memórias fervorosas dos percursos na cidade são: a arquitetura victoriana impecável da maioria das casas e das ladeiras. Amigues, as ladeiras com inclinação quase vertical não são para amadores.
Vem conferir:
Mirante para Golden Gate Bridge
Impossível pensar em São Francisco sem pensar em sua principal atração turística, não é mesmo? Sabia que não teria tempo para atravessá-la nem mesmo chegar até ela, então tratei de escolher um ponto em que pudesse vê-la e tirar boas fotos.
Existem diversos pontos em que pode observar a ponte em diversos ângulos como o Crissy Field, Coit Tower, Twin Peaks, Baker Beach, Lands End, etc. Pensando na facilidade de deslocamento, escolhi ir até o Centro de visitantes da Golden Gate e fui até lá utilizando um mini-ônibus que peguei no centro da cidade.
A vista de lá foi incrível e super recomendo para quem quer a vista e não tem muito tempo! Além do mirante, existe um centro de informações turísticas, uma loja e um café.

Palace of Fine Arts
Enquanto pesquisava sobre a cidade, encontrei umas fotos de uma arquitetura belíssima que me deixou de queixo caído. Descobri que ela ficava próximo ao centro de visitantes e assim me programei para ser minha próxima parada.
Eu não podia ir andando porque o caminho era de uma pista só para veículos, então peguei o mesmo mini-ônibus na direção contrária e desci na primeira parada. Sem sombra de dúvidas, o Palace of Fine Arts foi o que mais me impressionou.
Ele foi construído para a exibição de artes na Exposição Universal de 1915, que visava celebrar a construção do Canal do Panamá. Contudo, o monumento é uma arte que ganhou vida própria.
Sou completamente louca por projetos arquitetônicos e penso que eles são altamente fotografáveis, assim foi difícil me convencer a deixar o local. Se eu acreditasse nisso de visitas obrigatórias, com certeza diria que essa é uma.
Presidio of San Francisco
Eu também sou a louca dos parques, então ao sair do Palace of Fine Arts e me deparar com um parque lindo bem de frente, tive que fazer um adendo ao roteiro.
Apesar do nome sugestivo, o Presidio of San Francisco é uma área de recreação popular que reúne centros culturais, trilhas e parques. O lugar é de uma beleza inacreditável — ideal para uma tarde tranquila com um bom livro e contato com a natureza.

Lombard Street
Eis que chega a atração mais difícil do meu roteiro. Ao deixar o parque, chequei no mapa que a famosa Lombard Street (aquela rua bem curva com decoração de flores nas calçadas) ficava perto dali e resolvi ir a pé.
Grande-erro. Tanto no quesito tempo quanto no quesito cansaço nas pernas.
Aparentemente essa rua só é famosa para turistas que pesquisam sobre a cidade porque perguntei para no mínimo umas 10 pessoas durante o caminho e ninguém sabia me apontar onde era.
Talvez tenha sido também o fato de que todas as pessoas com quem interagi na cidade tenham sido pouco solícitas — até hoje não sei se dei pouca sorte ou se é de fato característica da população de lá.
Com a graça divina consegui chegar, sem surpresa estava cheia de turistas, mas infelizmente acessei a rua de modo errado.
Explico: para pegar o ângulo bacana com todas as curvas, é preciso acessar a rua pela parte debaixo porque ela é uma ladeira. De cima sua visão fica prejudicada. Eu não tinha tempo para descer e subir de novo, então tive que me contentar com o que tinha.
Fica aí a dica para que façam diferente.
Ghirardelli Square
De ônibus novamente, tentei pagar a passagem e o motorista disse que o meu ticket ainda servia (3 trajetos com um único ticket!). Assim voltei ao centro e me direcionei até à Ghirardelli Square.
É uma praça com edifícios de tijolos onde se localiza a famosa Fábrica de Chocolate Ghirardelli, o hotel Fairmont Heritage Place, a Escola de Queijos de São Francisco bem como outros restaurantes e lojas.
É um lugar perfeito para ter uma euforia gastronômica e também para fazer compras se essa for sua vibe.

Fisherman’s Wharf / Pier 39
O Fisherman’s Wharf foi minha última visita, indo a pé desde a praça. O local era um porto de pescadores e foi totalmente remodelado nos anos 70. Ele compreende a área entre a Ghirardelli Square e o Pier 39, uma área de lazer que é muitíssima frequentada por turistas quando visitam a cidade pela primeira vez.
Os bondinhos partem do Fisherman’s Wharf até o centro. Na região também encontra o aquário, o USS Pampanito (submarino que virou museu), o parque marítimo histórico-nacional, o shopping Cannery além de lojas e restaurantes.
Se estiver por lá, não deixe de provar o Clam Chowder, uma sopa de mariscos que é servida no pão sourdough, típico da cidade. Principalmente no frio, essa delícia desce que é uma beleza.
São Francisco é um local bem gostoso de visitar e graças à sua característica de ladeiras, é possível ter bonitas vistas da cidade em diferentes pontos.
Caso esteja pesquisando sobre outras cidades nos Estados Unidos, não deixe de checar as roteiros em Boston e no Brooklyn.